Para uma ordenação desse campo empregamos uma classificação
destes conteúdos, sugerida pela International Ergonomics Association (IEA):
ergonomia física, cognitiva e organizacional. Para simplificar essa divisão
subdividiremos a ergonomia física em ergonomia do posto e ergonomia ambiental,
formando assim nossa divisão de conteúdos.
Assim sendo, podemos formar uma base de conhecimento em
ergonomia através dos constituintes físicos, cognitivos e organizacionais, mas
sem esperar que cada um destes elementos influa de forma isolada e comportada
na realidade complexa do trabalho. Ergonomia física por ergonomia física
entenderemos o foco da ergonomia sobre os aspectos físicos de uma situação de
trabalho. E eles são inegavelmente reais: trabalhar engaja o corpo do
trabalhador exigindo-os de várias formas ao longo da jornada de trabalho. A
ergonomia física busca adequar estas exigências aos limites e capacidades do
corpo, através do projeto de interfaces adequadas para o relacionamento físico
homem-máquina : as interfaces de informação (displays) as interfaces de
acionamentos (controles). Para tanto são necessários diversos conhecimentos
sobre o corpo e o ambiente físico onde a atividade se desenvolve.
Ergonomia cognitiva, a cognição trata da ergonomia dos
aspectos mentais da atividade de trabalho de pessoas e indivíduos, homens e
mulheres. O olhar do ergonomista não se contenta em apontar características
humanas pertinentes aos projetos de postos de trabalho ou de se limitar a
entender a atividade humana nos processos de trabalho de uma ótica puramente
física. Nesse movimento de ideias apreende-se - o que os filósofos gregos já discutiam
- a importância dos atos de pensamento do trabalhador na consecução de suas
tarefas. E com isso, apreendemos que os trabalhadores não são apenas simples
executantes, são capazes de detectar sinais e indícios importantes, são
operadores competentes e são organizados entre si para trabalhar. E que, nesse
contexto, podem até cometer erros. Ergonomia organizacional, o campo da ergonomia organizacional
se constrói a partir de uma constatação óbvia, que toda a atividade de trabalho
ocorre no âmbito de organizações. Esse campo que tem tido uma formidável
desenvolvimento é conhecido internacionalmente como ODAM (Organizational Design
and Management), para alguns significando um sinônimo de macroergonomia.
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